sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
EXIGE QUALIFICAÇÃO


O relatório sobre desenvolvimento humano e o crescimento econômico, expedido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em 1996, já apontava as técnicas de automação desenvolvidas na microeletrônica, como um novo paradigma tecnológico, determinando mudanças consideráveis nos processos produtivos que afetavam as forças do trabalho.
Todavia, essas mudanças concentravam-se nos países desenvolvidos, em decorrência das inovações acima apontadas.
Essa conjuntura, foi, sem dúvidas, a impulsionadora da inserção de mudanças, exigidas pela necessidade de reestruturação dos atributos da força de trabalho, principalmente em razão da decorrente exigência factual ou conjuntural de investir-se na aquisição dos conhecimentos necessários à qualificação dos trabalhadores, objetivando oportunizar a excelência do sistema produtivo, privilegiando a capacidade para o treinamento ou exercício das funções mutantes, simultaneamente à capacidade de comunicação, escrita ou verbalizada, bem assim a capacidade de iniciativa dos colaboradores, elementos que, anteriormente, não entravam na composição do perfil funcional.
Hoje, percebe-se que essas novas técnicas exigem maior relacionamento desses colaboradores com diversos níveis hierárquicos, implicando em desenvolver as aptidões do raciocínio lógico, uma atenção mais apurada, uma boa coordenação motora, destreza manual, conhecimento técnico geral, acuidade de percepção, visão do mecanismo de produção, conhecimento genérico de gestão, gestão da produção, noções de estatística, de eletrônica, de informática, de geometria e, também, de mecânica com vistas à automação, ou seja, um mergulho eclético, talvez holístico para a “performance” ideal de um colaborador bem qualificado.
Para obtenção desse perfil, em termos práticos, faz-se necessário que o colaborador obtenha uma sólida preparação, a nível de instrução tecnológica e para lastrear sua específica qualificação na empresa, à qual está servindo como tal, a fim de que a empresa, enquanto veículo de produção, possa criar uma nova estrutura operacional, em sintonia harmônica com a imagem do mundo globalizado.
Essa foi a imagem repassada no relatório do IPEA, acima mencionado, identificando a realidade do final do século passado, como emuladora das mudanças processadas no início deste milênio, motivadas, sem quaisquer dúvidas, pelas influências da globalização.

Jansen dos Leiros
advogado e escritor

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