terça-feira, 13 de janeiro de 2009


QUANDO OS TEMPOS SÃO CHEGADOS



Desde os primórdios das mais antigas civilizações do planeta Terra, o homem tem caminhado em busca de uma evolução calcada em pretensos princípios éticos. Na verdade, essas civilizações encontravam-se alguns passos acima da condição elementar, exceto alguns seres destacados para liderança dessas civilizações e que representavam, de alguma sorte, o desejo e o pensamento das hierarquias responsáveis pelo destino de nosso sistema planetário.
Acontece, porém, que, partindo da premissa da individualidade dos seres e do respeito que a lei maior confere a cada um, individualmente e, evidentemente, garantida a inviolabilidade das leis cósmicas, os seres, na medida de suas percepções podem usar de sua faculdade de produzir seu livre arbítrio e dele responsabilizar-se de seus resultados, positivos ou negativos que sejam.
Dito isso, poderemos ter a exata dimensão do “status quo” planetário.
Dissemos, no princípio, que os seres caminhavam em busca calcada em princípios éticos. Caminhada essa lastreada numa moral que lhe permitisse viver em harmonia consigo mesmo e com seus semelhantes. Porém, esse pensamento seria daqueles seres mais avançados dessas civilizações e se constituía o grande anseio na busca do próprio equilíbrio.
Hoje, porém, em todas as direções da Terra, tem-se notícias de atos de corrupção, de maldade, de pequenez de espírito por quase todos os cantos da Terra, gritando alto e bom som, criando insegurança, insatisfação, desesperança e incredulidade no futuro das nações e do mundo.
Assim, hodiernamente, o mundo vive um caos sem limites, cujos elementos causais parecem existir há muito tempo, corporificando-se na medida em que o homem se imagina dono das verdades, num engodo que o factual desmascara, desmente e demonstra que por trás de tudo, existem razões meramente egocêntricas, de profunda ignorância das leis da vida, delimitando os seres humanos às formas verbais do ter e do possuir, que são regidas por mecanismos concêntricas e isolantes pela própria natureza dos elementos formadores das energias polarizadas pela mente do ser portador do “eu” estanque, formadores dos próprios buracos negros do universo de suas consciências. Tais circunstâncias são percebidas nas próprias periferias do processo, em todas as direções.
Agora, que o planeta chegou, celeremente, ao término de um etapa cíclica, toda a parafernália da horizontalidade humana tende a desmaterializar-se face à inocuidade de suas próprias causas e pela inocuidade de sua natureza vazia.
É o princípio da transição. É o apocalipse. É o começo de outros tempos. Quem aproveitou, sedimentou e cresceu. Que não o fez, que fizesse. Agora,... resta recomeçar. Quem sabe quando!


Jansen dos Leiros
Asvocago e escritor

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