sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
EXIGE QUALIFICAÇÃO


O relatório sobre desenvolvimento humano e o crescimento econômico, expedido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em 1996, já apontava as técnicas de automação desenvolvidas na microeletrônica, como um novo paradigma tecnológico, determinando mudanças consideráveis nos processos produtivos que afetavam as forças do trabalho.
Todavia, essas mudanças concentravam-se nos países desenvolvidos, em decorrência das inovações acima apontadas.
Essa conjuntura, foi, sem dúvidas, a impulsionadora da inserção de mudanças, exigidas pela necessidade de reestruturação dos atributos da força de trabalho, principalmente em razão da decorrente exigência factual ou conjuntural de investir-se na aquisição dos conhecimentos necessários à qualificação dos trabalhadores, objetivando oportunizar a excelência do sistema produtivo, privilegiando a capacidade para o treinamento ou exercício das funções mutantes, simultaneamente à capacidade de comunicação, escrita ou verbalizada, bem assim a capacidade de iniciativa dos colaboradores, elementos que, anteriormente, não entravam na composição do perfil funcional.
Hoje, percebe-se que essas novas técnicas exigem maior relacionamento desses colaboradores com diversos níveis hierárquicos, implicando em desenvolver as aptidões do raciocínio lógico, uma atenção mais apurada, uma boa coordenação motora, destreza manual, conhecimento técnico geral, acuidade de percepção, visão do mecanismo de produção, conhecimento genérico de gestão, gestão da produção, noções de estatística, de eletrônica, de informática, de geometria e, também, de mecânica com vistas à automação, ou seja, um mergulho eclético, talvez holístico para a “performance” ideal de um colaborador bem qualificado.
Para obtenção desse perfil, em termos práticos, faz-se necessário que o colaborador obtenha uma sólida preparação, a nível de instrução tecnológica e para lastrear sua específica qualificação na empresa, à qual está servindo como tal, a fim de que a empresa, enquanto veículo de produção, possa criar uma nova estrutura operacional, em sintonia harmônica com a imagem do mundo globalizado.
Essa foi a imagem repassada no relatório do IPEA, acima mencionado, identificando a realidade do final do século passado, como emuladora das mudanças processadas no início deste milênio, motivadas, sem quaisquer dúvidas, pelas influências da globalização.

Jansen dos Leiros
advogado e escritor

terça-feira, 27 de janeiro de 2009




PARADIGMA ORGANIZACIONAL


Segundo Yoshiaki Nakano, nos anos noventa, a indústria brasileira começou um novo processo de mudança estrutural, para condicionar-se à sua integração no mercado mundial.
Dois indicadores apontavam como causas precípuas dessas mudanças. O desafio da competição externa e o desenvolvimento motivado, pela conjuntura eclodida “pós-substituição de importações.”
Historicamente, temos que a abertura da economia brasileira em 1987, tivera como causa mais remota as forças da globalização nas operações da economia mundial cuja emulação decorria do crescimento econômico no segmento do comércio, fortalecido pelos investimentos e financiamentos internacionais.
Impunha-se, assim, a entrada participativa de nosso país na competitividade da economia mundial.
Nesse cenário, uma coisa estava muito patente: a existência de “forças transformadoras radicais” que faziam aumentar as tensões, em decorrência dos ajustes da economia aos requisitos coercitivamente impostos face à liberação do comércio e dos investimentos mundiais, fluindo para uma incontestável internacionalização, bem assim desaguando numa expansão geográfica de difícil contenção, das atividades econômicas, ignorando as fronteiras nacionais. Vivíamos a globalização, com crescente harmonização econômico-institucional.
Obviamente, que tal circunstância não se pode traduzir como uma renúncia aos interesses nacionais. Não! O de que precisamos é redefinir, de maneira pragmática, o que é “interesse nacional” e, simultaneamente, nos adentrarmos com maior consciência sobre as transformações pelas quais passa a economia global e estabelecermos novas estratégias para o desenvolvimento nacional, em contrapartida às condições impostas pela realidade mundial.
Concluímos, então, com o sentimento de que a economia mundial detém, hodiernamente, as forças mais dinâmicas em prol de seus avanços; que as últimas décadas demonstraram a crescente internacionalização do processo do desenvolvimento econômico e, paralelamente, reforçado com as inovações tecnológicas de informação, formando a base do tripé dessa conjuntura, com a globalização. Reflitamos!

Jansen dos Leiros

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

ENTRE DANÇAS E CONTRADANÇAS


Parece-nos que o criador, para a “acontecência” da vida, neste planeta azul, resolveu estabelecer um ritmo e uma forma alternativa do viver, objetivando, quem sabe, alcançarmos o desenvolvimento ascensional para o qual fomos criados: Vir de DEUS e para ELE voltar pela evolução.

Suponho que o criador tenha editado uma lei, que adjetivou de “causa e efeito” ou lei da “ação e reação”, para testar o crescimento dos homens.

Daí, a alternativa que imagino ter sido oportunizada. De posse de uma faculdade designada de “livre arbítrio”, o homem pode usar de sua vontade e agir de conformidade com o que deseja fazer. Porém, se de um lado foi permitido o uso de sua vontade, a lei impôs, em contra partida ao procedimento causal, um retorno igual e diretamente oposto.

Se, ao utilizarmos nosso arbítrio, dentro dos parâmetros das leis universais, a resposta vibratória de nossa ação terá a mesma natureza do elemento causal, emulador, ou impulsionador. Assim, a resposta à ação será positiva no contexto das vibrações cósmicas, equivalendo a um crédito. Se, todavia, utilizarmos esse arbítrio com ações contrárias às normas universais, o retorno obedecerá à natureza do impulso gerador e sofreremos os impactos, os efeitos desse ato, com a mesma contextura do fato emulador, isto é, equivaqle a um débito com as leis universais.

Entendo que a permitida liberdade de ação, implicaria no prévio nivelamento da mentalidade dos homens às vibrações de harmonia e conscientização de seus atos, tendo como meta o equilíbrio da própria espécie humana. Porém, percebo que a pré-falada liberdade de ação não exime o homem das conseqüências dos atos perpetrados, pois que estão sempre atrelados à lei de causa e efeito, ainda vigentes nesta fase evolutiva do ser humano.

Visto dessa maneira, no palco da vida, o homem defronta-se com uma cena que poderíamos chamar, metaforicamente, de dança e contradança, pois assim se nos configuram os altos e baixos da vida humana.

Finalmente, concluímos que para viver nesta dimensão mais densa, de maneira a permitir aos seres pensantes formularem uma análise conjuntural mais próxima da realidade e na medida de suas percepções, o homem precisa haver desenvolvido em si a capacidade de exercer a empatia, para inteligir o embasamento sobre o “modus operandi” do viver humano, sobre o ritual da vida, para o qual tais seres parecem estar obrigados a exercitá-lo, por circunstâncias várias, e a vivenciá-los, a fim de, através desse procedimento, chegar à consciência de auto gerenciar-se, criando condições de poder alçar os horizontes do crescimento espiritual.

Minha imaginação, diante da premissa, tenta moldar as circunvoluções desse processo da criação e termino por visualizá-lo como um gigante tobogã, ou um grande espiral que nos fizesse retornar à mesma linha da volta anterior, sem que ocupemos o mesmo espaço já percorrido. Isto é, vejo-o como um espiral ascendente e expansivo em busca do infinito cósmico.

A perplexidade de tal visão nos remete a ausência ou inexistência do tempo, como se o hoje e o amanhã passassem a ser um só e eterno momento.

Receio que haja ocorrido, em mim, uma explosão dos poucos neurônios, em mim existentes, e me encontre aqui e agora no grande salão da vida, entre DANÇAS E CONTRADANÇAS de estranhas e inconcebíveis contra-evoluções.

O questionamento que me faço é o seguinte: Se somos seres criados, nascemos, obviamente, de um ser que nos emprestou sua semelhança, sua aparência e, geneticamente, possuímos seu DNA.

Herdeiros desses valores, ou qualidades, ou talentos, ou como queiram chamar tais dotes, aqui nos encontramos, meio adementados, talvez totalmente “apalermados”, sem sabermos a verdade sobre o andamento da vida neste planeta, como se até as hierarquias celestes cometessem seus equívocos e tivéssemos nós humanos, talvez, aquilo que se pode chamar de culpa concorrente.

De fato, não sabemos se estamos seguindo um determinismo divino ou se os homens são, pura e simplesmente, causadores de todas essas hecatombes, todos esses desastres, todos esses dissabores, todos esses sofrimentos, de todo esse caos apocalíptico, como se vivenciássemos uma loucura tragicômica em circunvoluções tobogânicas, quiçá dantescas. Eis nosso ritmo de hoje, entre DANÇAS E CONTRADANÇAS.

Jansen dos Leiros
Advogado e escritor

O ESMERO DA NATUREZA

Às vezes, me flagro embevecido com a beleza de uma flor. Suponho que seu perfume me embriaga e não é raro sentir-me flutuando nos mares da imaginação, construindo jardins de mil variedades de cores e estilos, entre as quais me volatizo.
Ontem, ao regar minhas plantas, deparei-me com uma orquídea florescendo, portando dois viçosos botões, iniciando seu desabrochar. Era uma Cattleya labiata, espécie que enfeita nossos orquidários com as suas flores fascinantes, entre dendróbiuns, phaleonóposis, catasetuns, cyrtopodiuns, cymbidiuns, brassávolas cucullata, laélias pupurata, miltônias e as incomparáveis vandas.
Nesses momentos, sentimo-nos como se fôssemos envolvidos com um halo de energia sutil, dando-nos a sensação de que estamos flutuando no próprio perfume que se esparge de seus labelos, envolvendo pétalas e sépalas..
Mas, o que é a beleza? Como defini-la? Como senti-la? Como conviver com ela? Como devemos reagir diante dela? Enfim, há uma série de questionamentos a serem formulados diante da beleza.
Certa vez, envolvido por sentimentos inspirados por uma tela de raríssimo primor, no Museu do Prado, em Madrid, fui buscar nos compêndios disponíveis, alguma definição para apascentar minha emoção e li o seguinte: “A beleza é uma percepção individual caracterizada normalmente pelo que é agradável aos sentidos”. A definição pareceu-nos tecnicamente certa, correta, porém, seu enunciado soou-nos sem musicalidade, sem sal, sem perfume, sem odor. Qualifiquei-a despida de espiritualidade, da vibração de amor, da envoltura áurica que a beleza nos inspira. Depois dalí, busquei outras, compulsando inúmeros compêndios, mas percebi que a beleza não pode ser, pura e simplesmente, verbalizada, mas principalmente sentida e, aí, entendi que esse sentir tem a exata dimensão dos sentimentos daqueles que a estão percebendo. A beleza está envolta num manto de subjetividade e as definições são quase sempre muito pobres para nos transmitir a magnitude dos sentimentos que a beleza nos transmite.
Na verdade, a natureza é pródiga em distribuir beleza por todos os recantos do universo. Se olharmos para o infinito nos impactamos com a beleza de sua imensidão; se olharmos as estrelas, percebemos que elas se tornam adereços dos céus. Se olharmos para as aves, na riqueza de suas cores, dos desenhos de suas plumas, na suavidade de seus gorjeios, em tudo isso encontramos a beleza construída pela natureza, que nos abriga e nos envolve. Há animais, cuidadosamente decorados pela natureza, como as zebras, os leopardos, os tigres, cavalos das mais variadas raças, principalmente os árabes, os apaloosas, os persas, os cães dálmatas, enfim, uma variedade incontável de animais que adornam este planeta, caprichosamente maquiados pela natureza.
Faz alguns anos, vi nos jardins do Castelo de São Jorge, em Lisboa, uns pavões brancos e perguntei ao encarregado que aves eram aquelas e de onde provinham. O senhor a quem formulei a pergunta, me respondeu gentilmente, com sotaque lusitano, que eram pavões nascidos ali mesmo, no castelo, e eram resultado de uma mutação, provinda do pavão azul. Imaginei que teria sido um processo de albinismo, porém percebi que eles tinham os olhos negros, a mucosa em torno do bico, também, as pernas de igual forma, enfim, não eram resultado de albinismo. Havia sido, sem dúvidas, uma perda do pigmento melânico na plumagem, decorrente de algum processo genético, para mim desconhecido.
Como o sol já caminhava para o ocaso, prometi a mim mesmo voltar no dia seguinte para conhecer o restante do castelo e ver melhor aquelas aves de alvura encantadora. No dia seguinte tive uma feliz surpresa de ver dois machos fazendo a corte a uma fêmea e percebi, graças à postura do sol, que os desenhos existentes nos pavões comuns, também existiam nos pavões brancos, projetados pela luz solar, onde víamos diferenciados os desenhos pelas tonalidades branco gelo, contrapostas na tonalidade branco neve. Fiquei embevecido. Pois bem amigos, há enésimas coisas que poderiam ser citadas para evidenciar a beleza, trabalhada pela natureza, inclusive a do ser humano, em sua diversidade de raças e tipos, espalhados pela superfície de nosso planeta.
Contemplando-as, concluímos que a Natureza, de fato, se esmera na construção da beleza, ratificando a presença de DEUS, na essência da vida de tudo.

Jansen dos Leiros

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009


OUTROS ASPECTOS DA GESTÃO

No que pertine à gestão, sob uma visão contemporânea, os embasamentos são, de uma forma didática, piramidais. Apoiados nessa tese, visualizamos a gestão sob três momentos distintos. De fato, são fundamentos dimensionados na teoria do “espaço-tempo”.
São, como foi dito, enfeixados numa trindade de seqüência racional o Passado, o Presente e o Futuro.
De fato, essa é uma divisão do tempo, definido e dimensionado em seu próprio contexto.
Aparentemente filosófico, certamente, todo o bom gestor necessita estar consciente do “status quo” da entidade que comanda, para, com base em seu passado e a conjuntura do presente, ter a segurança de projetar seu amanhã lastreado na lei de causa e efeito, Todo gestor há de estar seguro do hoje, como resultado das ações do ontem e deve induzir os procedimentos do hoje para estimar os efeitos no amanhã. Seu campo de trabalho está contido na tábua do tempo, que não pode ser reavido na medida em que passa, em que segue para o futuro.
O gestor há de perquirir sobre as ações da causalidade que passaram a ser geratriz das conseqüências eclodidas na contemporaneidade, pois hoje, vivemos os efeitos do ontem, como resultado. Porém, é o hoje, também o impulso de novas ações causais, projetando o conseqüente amanhã. Diante dessas assertivas de filosofia elementar, toda entidade, para ter uma gestão bem procedida, necessita de ritmo harmonioso,certo e seguro.
Vistos esses aspectos, enfoquemos outra pirâmide para o bom resultado da gestão: a ética no comando, o controle na economia, o respeito à lei constituída. Daí, o refrão: “Faz parte da ética empresarial, cumprir a lei e as normas que são o esteio da segurança e da qualidade.”

Na busca dos resultados da gestão, temos ainda, alguns esteios nos quais nos apoiaremos: os objetivos do comando; as estratégias eleitas, os planos aprovados e, em seguida, as ações

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009


NO RUMO DA EXCELÊNCIA DA GESTÃO

No Brasil, a Fundação Nacional da Qualidade criou um modelo de Excelência de Gestão, enfocada em esteios teóricos para propiciar ou oportunizar uma boa administração.Do amálgama desses fundamentos (esteios) foram estabelecidos critérios de execução administrativa em busca da excelência da gestão.Esse movimento, em boa hora, percorrendo os caminhos da visão ampliada, de mãos dadas com a percepção das modernidades em curso, chegou aos bastidores do segmento empresarial do comércio deste país.O SICOMERCIO, através da CNC, esplanadas as necessidades de engajamento efetivo e multiplicador, decidiu implantar o SEGS no seio do Sistema FECOMERCIO estabelecendo mecanismos de avaliação a partir das bases do Sistema, seguida de uma reciclagem no pomo gestor dos sindicatos filiados, após avaliação das respectivas gestões, métodos praticados; análise dos planos estabelecidos, das estratégias aplicadas, dos resultados práticos dessas gestões, da aferição da representatividade, enfim, na tentativa de fotografar o “status quo” e trazer possíveis contributos com vistas à necessária adequação proposta. Eis o que representa o projeto designado de SISTEMA DE EXCELÊNCIA DE GESTÃO SINDICAL – SEGS.O SISTEMA FECOMERCIO NO RIO GRANDE DO NORTE, hoje sob a presidência de MARCELO FERNANDES DE QUEIROZ, incorporou os fundamentos da excelência da administração, por oportuno e necessário ao progresso do próprio mecanismo organizacional, adequando-se às mudanças que o momento exige, com o objetivo de contemporanizar a arte da gestão para o melhor desempenho possível, cuja evidência não se pode questionar, ratificada que está pelos fatos.Há uma circunstância factual que necessita ser explicitada neste artigo. A FECOMERCIO não tem em sua planilha gestora o segmento da competitividade, face ao seu caráter de representatividade do segmento do comércio em nosso Estado. A atual administração da Fecomercio/RN, sob o comando eficiente do empresário, Marcelo Fernandes de Queiroz, jovem de natureza empreendedora, de visão panorâmica em termos de gestão, tem seu direcionamento gestor voltado para a defesa dos interesses da classe empresarial que lidera e, nisso, também, temos de aplaudir seu trabalho permanente e de forma incansável nessa luta, sobretudo junto aos governos, municipais e estadual e, ainda, através da CNC, na constante busca do apoio das bancadas de nosso Estado, na Câmara Federal e no Senado, sempre hasteando nossa bandeira com dedicação e muita garra.

Jansen dos Leiros
Advogado e escritor

terça-feira, 13 de janeiro de 2009






O QUE A GLOBALIZAÇÃO NOS SUGERE




De certa forma, a globalização tem sido responsável pela mudança dos costumes na face do planeta. Obviamente, essa metamorfose não se mostra ainda homogênea, nem tão radial, porque ainda dispersa, porém, em nível de crescimento que se expande a passos largos.

É verdade que existem grupos humanos, ainda arraigados a princípios forjados pelas crendices primitivas ou, ainda, vivenciando um feudalismo espiritual, atávico que embotam o discernimento e as percepções mais meridianas, vejam-se as descabidas disputas bélicas que acontecem no planeta e o cáos motivado pela crise econômico-financeira mundial.

Sobretudo, por tais motivos e, também, se considerarmos o estado conjuntural dessas agentes do poder mental e emocional dos homens, talvez possamos concluir que muitos grupamentos humanos apresentam, em sua maioria, resistência às mudanças lançadas pelos múltiplos mecanismos da modernidade, por não terem uma visão mais humanística do amanhã, mergulhados, ainda, no submundo da ignorância dos horizontes cósmicos.

Acrescente-se que, além dessas razões, acima expostas, cujas causas decorrem das diversidades multiplas das civilizações do planeta, e suas respectivas idades, geológicas, planetárias ou cósmicas, como queiram. Assim, pensamos que a globalização em curso impõe uma harmonização dos seres pensantes, neste planeta, pois que, sobretudo, se engalfinham em disputas de órdem diversa, mas, quase todas, de natureza material, no campo do poder temporal, econômico, financeiro.

Para a implantação ou não, dessa harmonia abrangente, no porvir do planeta, bifurcam-se as possibilidades de identificação dos acontecimentos precedentes, a fim de serem apontadas as verdadeiras causas emuladoras dos descaminhos humanos. Ou, quem sabe, a aceitação plena dos novos conceitos de vida, sua incorporação aos costumes e sua conseqüente absorção ao "modus vivendi" do homem, moldando o cenário da Terra, ou a eclosão de uma hecatombe mundial, objetivando a recomposição das civilizações remanescentes com a harmonização de outros e judiciosos conceitos de vida, marcando o nício de nova etapa planetária.

Reflitam! Se nos postarmos silentes e meditativos acerca dos acontecimentos hodiernos, observando, de um lado, os fatos incontestáveis, as realidades tangentes, palpáveis, aceitáveis ou não, mas ocorridas, acontecidas, só nos resta analisarmos profunda, pura e cruamente, os possíveis êmulos de causalidade factual (da ação e conseqüente reação) ou, se quisermos (da causa e seus efeitos), para identificarmos os princípios ativos dessas causas e chegarmos a conclusões irretorquíveis que possamos tomá-las como momento inicial de nova "performance" procedimental, em busca de um amanhã mais feliz

Para mim, mero observador da vida, suponho que devamos nos permitir momentos de reflexão mais profundos, revestidos de supina seriedade, para melhor analisarmos as possíveis consecussões que nos sugere a globalização e definirmos, para cada um de nós, o procedimento certo para nos filiar às equipes do mundo do amanhã, com horizontes mais amplos, onde nossas almas possam verdadeiramente volatizar o AMOR cósmico, clarificando o pálio azul de nossa mãe Terra.

Jansen dos Leiros
Advogado e escritor.

QUANDO OS TEMPOS SÃO CHEGADOS



Desde os primórdios das mais antigas civilizações do planeta Terra, o homem tem caminhado em busca de uma evolução calcada em pretensos princípios éticos. Na verdade, essas civilizações encontravam-se alguns passos acima da condição elementar, exceto alguns seres destacados para liderança dessas civilizações e que representavam, de alguma sorte, o desejo e o pensamento das hierarquias responsáveis pelo destino de nosso sistema planetário.
Acontece, porém, que, partindo da premissa da individualidade dos seres e do respeito que a lei maior confere a cada um, individualmente e, evidentemente, garantida a inviolabilidade das leis cósmicas, os seres, na medida de suas percepções podem usar de sua faculdade de produzir seu livre arbítrio e dele responsabilizar-se de seus resultados, positivos ou negativos que sejam.
Dito isso, poderemos ter a exata dimensão do “status quo” planetário.
Dissemos, no princípio, que os seres caminhavam em busca calcada em princípios éticos. Caminhada essa lastreada numa moral que lhe permitisse viver em harmonia consigo mesmo e com seus semelhantes. Porém, esse pensamento seria daqueles seres mais avançados dessas civilizações e se constituía o grande anseio na busca do próprio equilíbrio.
Hoje, porém, em todas as direções da Terra, tem-se notícias de atos de corrupção, de maldade, de pequenez de espírito por quase todos os cantos da Terra, gritando alto e bom som, criando insegurança, insatisfação, desesperança e incredulidade no futuro das nações e do mundo.
Assim, hodiernamente, o mundo vive um caos sem limites, cujos elementos causais parecem existir há muito tempo, corporificando-se na medida em que o homem se imagina dono das verdades, num engodo que o factual desmascara, desmente e demonstra que por trás de tudo, existem razões meramente egocêntricas, de profunda ignorância das leis da vida, delimitando os seres humanos às formas verbais do ter e do possuir, que são regidas por mecanismos concêntricas e isolantes pela própria natureza dos elementos formadores das energias polarizadas pela mente do ser portador do “eu” estanque, formadores dos próprios buracos negros do universo de suas consciências. Tais circunstâncias são percebidas nas próprias periferias do processo, em todas as direções.
Agora, que o planeta chegou, celeremente, ao término de um etapa cíclica, toda a parafernália da horizontalidade humana tende a desmaterializar-se face à inocuidade de suas próprias causas e pela inocuidade de sua natureza vazia.
É o princípio da transição. É o apocalipse. É o começo de outros tempos. Quem aproveitou, sedimentou e cresceu. Que não o fez, que fizesse. Agora,... resta recomeçar. Quem sabe quando!


Jansen dos Leiros
Asvocago e escritor


QUANDO O VENTO DENUNCIA
(crônica)


Manoel d’Oliveira, chegado das bandas do Aracatí, no Ceará, instalou-se em Mossoró, no início dos anos vinte, no século passado, para comerciar com tecidos.
Começou como mascate, levando sua mercadoria no lombo de burros e antes dos anos quarenta já estava estabelecido com uma loja que crescera com a capital do oeste norte rio-grandense.
Manoel deveria ter algo como vinte anos quando chegou a Mossoró e, comerciante nato, logo foi fazendo sua freguesia, nas fazendas e nos sítios das cercanias da cidade. Falastrão e simpático, logo formara um ciclo de boas amizades.
Nos finais de semana, Manoel saia à procura dos bailes, nos quais esbanjava vitalidade.
Nos anos sessenta, conhecera Maria das Neves, nascida em Apodi, com a qual casou e com ela tivera cinco filhos.
Após instalar-se na loja, Manoel desenvolveu seu comércio e em pouco tempo tornou-se um dos mais prósperos comerciantes do local.
Com excelente visão, Manoel foi-se equipando e sua loja passou a ser visitada por quase todos da cidade.
Fez reformas, instalou geladeira, fez novos balcões, novos mostruários e mandou construir um dos primeiros gabinetes gerenciais da região, instalando, ali, um dos primeiros aparelhos de ar condicionado.
Nos anos setenta, Manoel tinha um corpo de empregados de nove bons vendedores e tudo cheirava a progresso.
Com esse “status”, Manoel passou a fumar charutos cubanos e a beber conhaque, da melhor qualidade, importado da Europa, do qual sorvia umas três doses diárias, sempre antes das refeições. Em seu gabinete, havia um armário, modelo “chipandalli” no qual ele guardava seu conhaque. E, religiosamente, Manoel tomava duas doses antes das refeições.
Manoel, também, adquiriu o hábito de visitar os comerciantes visinhos, com os quais fizera boa amizade, deixando sua loja sob a responsabilidade dos vendedores.
Certo dia, Manoel percebeu que seu conhaque estava diminuindo mais do que ele imaginava ter consumido e passou a observar seu consumo, riscando o rótulo, de forma discreta, para aferir no próximo gole.
Não tardou muito e Manoel chegou à conclusão de que havia um, ou mais sócios do seu conhaque.
Pensou, pensou e decidiu. Dia seguinte, atravessou a rua e foi até a loja fronteiriça à sua e ficou discretamente observando o movimento. De repente, viu determinado empregado abrir seu gabinete, identificou-o e, após uns cinco minutos, retornou à loja.
Entrou no gabinete e fingiu levantar alguns livros velhos, meio empoeirados e logo em seguida chamou um dos empregados: Henrique! Por favor! Acho que entrou algum cisco em meu olho. Sopra aqui, por favor!
Apanhado de surpresa, Henrique falou: “Ah. Seu Manoel! Hoje tô tão sem vento!"
É, Henrique, eis ai quando o vento denuncia. Seu beberrão!

Jansen dos Leiros
Advogado e escritor

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009


Um Paraíso, onde reina um Pirilampo
Muitas vezes, ou quase sempre, o cidadão urbano, cidadino ou metropolitano, como queiram adjetivá-lo, envolvido no bulício das cidades hodiernas, onde quer que estejam, impacta-se com o conjuntural, com o mesmismo da vida, contraditoriamente caótica, saturado pela companhia de seus circunstantes habituais, pressionado pelas exigências do social e funcional asfixiantes. Por essas razões, ensaia buscar uma fuga, mesmo efêmera, para procurar outros ares, o bucolismo das chácaras, das quintas, das granjas, dos sítios, das praias mais afastadas. Procura repousar à sombra dos pomares ou aventurar-se na subida das serras, onde a temperatura se torna mais acolhedora e amena. Tudo isso, sem dúvidas, na tentativa de cortar os liames com o dia a dia da cidade e encontrar-se com a natureza, geralmente acolhedora e serena. Nesses ambientes onde o gorjear das aves se constitui aberturas envolventes de sinfonias sonhadas pelas mentes cansadas, atribuladas, carentes de repouso reparador.Pois bem, a ansiedade pelo bucólico me induziu a fugir nesse final de semana e, quando me dei conta, estava chegando a um pequeno paraíso denominado Quinta dos Pirilampos, chácara acolhedora de nosso amigo Pedro Simões Neto e sua Jailza, (especializada em receber bem) casal de nosso meio aristocrático e cultural, que tão bem sabe aliar sua erudição à virtude da caridade verdadeira aos carenciados da vida, principalmente os “nordestinados” pela vida.. Além desses valores que lhe são natos, pois nasceu quase gênio, é possuidor de uma simplicidade que impacta aos curiosos e abelhudos.
A Quinta dos Pirilampos, encravada em Tabatinga, município de Macaíba, tornou-se uma manjedoura de Paz, onde se consegue renovar as energias perdidas e apascentar a alma carente de esperanças. Passar algumas horas na Quinta dos Pirilampos e proceder-se a uma terapia com a “Médica Natureza”, emoldurando-a com as pérolas verbalizadas por Pedro Simões, como o ancestral “Pedro Simão” – o pescador – do qual Jesus afirmou ser “a pedra' fundamental de sua filosofia crística.
Pedrinho de Dr. Persílio nasceu de uma Esmeralda e é possuidor de outro tesouro: a pedra preciosa do espírito, polidora das almas, em busca do espiral ascendente e expansivo da evolução dos seres humanos.

Jansen dos Leiros
Advogado, articulista e escritor