quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



POEMA EM PROSA


Sabem, eu hoje acordei com vontade de cantar. Cantar a beleza da vida; cantar o nascer do sol; cantar a despedida da lua; cantar o vento que sopra do mar, enfim, cantar a natureza, pelo que de belo ela é, na constância dos dias, apesar do homem.
Apesar de o homem, pela ignorância que ainda envolve seu espírito, ser tão inconseqüente no tratamento à mãe natureza que o fecunda, o faz nascer, que o cria, alimenta e a ele se doa, permanentemente.
Hoje, acordei ouvindo o cantar dos pássaros e ajudando às mãezinhas a alimentarem seus filhotes, envolvendo-as com o carinho de meu olhar, com a energia que emito em suas direções, para envolve-las no tônus da vida.
Hoje acordei, envolvido pelas vibrações do Pai; que me faz poetar, cantar e lhe render graças, pelas graças recebidas.
Hoje, acordei vibrando amor em todas as direções. Ao encontro dos necessitados de aconchego, de palavras amigas, de carinho paternal, de impulso para a continuação da vida.
Hoje, acordei desejando que o mundo processe a metamorfose das almas, as abluções dos espíritos com essência dos jasmins espirituais que impregnam o ar, os corpos e as almas.
Hoje, acordei com desejo de alcançar novos horizontes; de enxergar além das aparências, aprendendo a analisar as conjunturas conhecendo os elementos causais, para não incorrer em equívocos inconseqüentes.
Hoje, acordei rendendo homenagem ao DEUS da vida, suplicando-lhe que possa, ao longo desse dia, me transformar em um instrumento de sua vontade, distribuindo a palavra amiga a tantos quantos se acerquem de mim. Pedindo-lhe que a empatia seja meu mecanismo de percepção, sempre aguçado, e que eu possa emitir amor em todas as direções, mesmo sem emitir uma só palavra, pois sei que no meu eu, no mais íntimo dele, mora o sopro da vida divina,
apesar dos equívocos estratégicos que ainda cometo, pela pequenez que represento em seu Universo. Esse é meu poema de hoje, apesar de prosaico.

Jansen dos Leiros

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008



O SONHO DE ALBERTO


Ele chegou sangrando. Sua testa estava ferida na sobrancelha esquerda. Segundo ele, havia sido atacado por dois bêbados que saiam do bar da esquina. Tais pessoas eram desconhecidas. Alberto foi tomado de surpresa e não teve condições de defender-se. Não teve como reagir. Apesar de bêbados, eram fortes e ágeis. Atacaram e, pondo o rapaz no chão, saíram em disparada. Ele jamais os havia visto naquela cidade. Os dois embriagados tomaram o caminho da igreja e sumiram após a esquina. Ninguém, depois do episódio, sabia do paradeiro dos agressores.
Alberto, após receber os socorros necessários, prestou queixa na Delegacia mais próxima e retornou para casa.
Eram 22,45, daquela sexta-feira 13 de agosto. A cabeça lhe doía muito, dificultando a chegada do sono.
Enfim, dormiu! Algum tempo passou e Alberto se deu conta de que estava numa rua meio escura, mas, depois da esquina conseguia enxergar uma construção antiga que identificara como sendo a casa de seus ancestrais paternos, na velha cidade de Lisboa, em Portugal.
Seguiu em direção à casa que estava há uns quatrocentos metros da rua por onde caminhava. Parou há aproximadamente cinqüenta metros e olhou o prédio demoradamente. Era igualzinho ao casarão da foto que sua mãe guardava com tanto carinho. Ali nascera e passara os melhores dias de sua infância, até sua viagem para o Brasil, aos dez anos de idade.
Alberto decidiu ir até a casa. Quando aproximou-se, alguém abriu a imensa porta de madeira e dirigiu-se a ele: Até que enfim! Já o esperávamos há dias. Seja bem vindo. Seu avô lhe aguarda, ora pois, pois! E fez uma mesura à guiza de saudação. Alberto adentrou-se ao rol fronteiriço. Uma moçoila de aparência mourisca o recebeu, pedindo que a acompanhasse.
O casarão parecia amplo. Nas paredes do corredor quadros de retratos ancestrais remetiam o espectador a tempos distantes. A penumbra, não permitia distinguir-se quais eram os autores daquelas telas, possivelmente valiosas.
Ao final do corredor, havia uma grande porta em madeira trabalhada, na qual se via uma pesada fechadura de latão polido. A grande porta foi aberta por dois serviçais, vestidos à maneira mourisca e Alberto entrou no grande salão, guarnecido por móveis de madeira, à moda Luiz XVI.
Na cabeceira de uma mesa muito grande, de cadeiras ricamente trabalhadas, estava sentado um senhor de baixa estatura, circunspecto, barba encanecida, e olhar muito firme. Com a presença de Alberto, o velho continuou sentado e apontou-lhe a cadeira fronteiriça, onde pediu-lhe que sentasse. Acomodado, Alberto dirigiu-lhe a palavra, dizendo: Grato pela recepção, a que devo tanta honra?
Isaac! Era assim que você se chamava quando foi meu filho. Pedi aos meus superiores, aqueles que programaram minha descida à terra, novamente, que me permitissem escolher a família que viesse a me abrigar. Eles me concederam essa chance. Então, optei para descer na minha família! Isto é, entre aqueles que foram portadores de meu sangue. Você foi o escolhido. Eu o apontei. Porém, ao prestar-lhes minha decisão, eles me disseram que estaria tudo bem, desde que você concordasse. Diante da conjuntura, solicitei que me permitissem falar com você. Optei por convidá-lo. Foi difícil, entretanto, pois que você não sintonizava com nossos chamamentos. O incidente de hoje foi uma maneira de desenergizar seu corpo, a fim de que pudéssemos atrai-lo para um contato pessoal.
Eis os fatos. Sou instado a descer para ressarcimento de compromissos assumidos em algumas vivências anteriores e um projeto foi cuidadosamente elaborado para mais uma tentativa de recuperação. Como você, entre os meus, é aquele que melhor se apresenta a nível de capacidade para orientar-me os caminhos da nova vida, escolhi você. Agora, basta que você me aceite.
Pelo que sei, o senhor foi meu bisavô e viveu na terra faz muito tempo. Conheço um pouco de suas estórias, de sua altivez, de seu temperamento forte; de seus princípios e de sua teimosia. Se me prometerem bloquear suas lembranças e embotarem seus impulsos eu o receberei. Porém, resta-me encontrar uma noiva, casar-me e ela, aceitá-lo, também, como filho. Esta é minha posição.
É, sabia que contaria com você. Comprometo-me a esforçar-me para não decepcioná-lo. Faça um bom retorno e me aguarde. Temos cinco anos terrestres para o cometimento. Quando aproximar-se minha descida, nos encontraremos novamente, nessa ocasião, também, com aquela que será minha mãe. Deus abençoe você!
Alberto despertou. A cabeça ainda lhe doía. Sabia que havia sonhado, porém, as lembranças do sonho eram vagas. Quem sabe, depois, as lembranças lhe acudissem.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008



E por falar
em meritocracia

Para Michael Young, autor de “Rise of the Meritocracy”, a semântica da palavra mérito não seria a mesma registrada nos dicionários. Teria, sim, o sentido de valor diverso, fruto de determinada posição social ocupada pelo candidato, ou pura e simplesmente da amizade de quem pudesse indicar determinado o ditulado como possuidor do mérito, com ausência, porém, de uma medida específica ou uma tabela de valores aferíveis.
Hodiernamente, entretanto, a meritocracia parece obter nova posição para indicar aquele efetivamente possuidor de qualidades dimensionáveis, cuja aferição é feita com parâmetros confiáveis, pois embasados na consistência do conteúdo, em relação às observações realizadas. De qualquer forma, a meritocracia contempla as colocações conseguidas pelos méritos pessoais. Aquelas efetivamente comprovadas, reconhecidas.
Se a examinarmos por um ângulo mais ético, a meritocracia proporciona maior justiça do que outros sistemas de hierarquia, pois que não são colacionados ao processo, elementos como raça, sexo, cor. riqueza ou posição social.
A meritocracia, em seu conteúdo, contempla habilidades da inteligência e o exercício do esforço criativo.
Entretanto, há quem use a expressão “mérito” como sendo um valor advindo da competitividade. Ou seja, o vencedor tem o mérito da vitória alcançada. É o resultado decorrente da disputa.
Há gestões miritocráticas que enfatizam o talento, a educação formal, a competência em detrimento de outros parâmetros, já usados anteriormente, tais como as classes sociais, as etnias, os sexos.
De todas essas questões acima apresentadas, um questionamento se faz: qual será a definição correta da expressão mérito?
Para os que fazem a administração da Fecomercio RN, a meritocracia se lastreia nas habilidades adquiridas pelo esforço próprio de cada um, pela inteligência, pela ética comportamental e pelo desempenho funcional, embasado nos objetivos da gestão.
Nossos aplausos aos que assim pensam, pois assim será o mundo de amanhã.

Jansen dos Leiros
Advogado, articulista e escritor

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008



LIÇÃO PARA TODA A VIDA
Dalai Lama

*INSTRUÇÕES PARA TODA VIDA*

*1. Leve em consideração que grandes amores e conquistas envolvem grande
risco.*

*2. Quando você perde, não perca a lição.*

*3. Siga os três R's:
* Respeito a si mesmo.
* Respeito aos outros.
* Responsabilidade por todas suas ações.*

*4. Lembre-se que não conseguir o que você quer, é algumas vezes um grande
lance de sorte.*

*5.* *Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-las da maneira mais
apropriada.*

*6. Não deixe uma disputa por questões menores ferir um grande amigo.*

*7. Quando você perceber que cometeu um erro, tome providências imediatas
para corrigí-lo.*

*8. Passe algum tempo sozinho todos os dias.*

*9. Abra seus braços para mudanças, sem abrir mão de seus valores.*

*10. Lembre-se que o silêncio é algumas vezes a melhor resposta.*

*11. Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e
pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.*

*12. Uma atmosfera de amor em sua casa é o fundamento para sua vida.*

*13. Em discordâncias com entes queridos, trate apenas da situação corrente.
Não levante questões passadas.*

*14. Compartilhe o seu conhecimento. Esta é uma maneira de alcançar a
imortalidade.*

*15. Seja gentil com a terra.*

*16. Uma vez por ano, vá a algum lugar que você nunca esteve antes.*

*17. Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor mútuo
excede o amor que cada um precisa do outro.*

*18. Julgue o seu sucesso por aquilo que você teve que abrir mão para
conseguí-lo.*

*19. Entregue-se total e irrestritamente ao amor e a cozinha.*





Vejam amigos,

Somente espíritos de gabarito superior têm a condição de filosofar com a vida. Filosofar, em razão da profundidade dos assuntos que envolvem o contexto vivencial de cada um. Antes de mais nada, esses comentários que ouso fazer, são um agradecimento ao Avatar Dalai Lama, um dos representante das esferas superiores, deste planeta.

1º - De fato, considerando o ambiente onde estivermos estagiando, as conquistas, quer no campo das realizações meramente materiais, ao nível ambiental, em razão da densidade onde nos encontramos ou onde nos inserimos, envolve riscos. Riscos que englobam seu entorno; riscos subjetivos, como o constrangimento, a contrariedade, a inconformação, a insensatez, a inveja, a conturbação psicológica, enfim, muitos senões à alma envolvida.
2º - Na ocorrência de perdas, busque a serenidade, mergulhe para dentro de seu eu e tente assimilar a lição da vida. Ela será um certificado de vitória sobre nós mesmos. Tal procedimento nos remete à aceitação da importância do respeito à nossa individualidade.
3º - Quando ao respeito aos outros, essa é uma temática que implica em maturidade de nossa alma. Faz-se necessário entender que somos todos iguais, pois nascidos de uma única origem. A origem divina, apesar de simples e ignorantes. Impõe-se-nos retornar ao Criador através da evolução, isto é, através de crescimento ascensional e expansivo. O que implica dizer, crescer em todas as direções até alcançar o Pai da Vida. Ora, diante dessa assertiva, não há como enxergar os outros, senão, como a nós próprios. Porque tem o mesmo DNA espiritual. Além disso, nosso direito termina quando o do outro começa. Eis a grande questão. Respeito é sinônimo de consenso. Consenso é procedimento harmônico.
4º - Quando à responsabilidade por nossas ações, o enunciado está inserido na Lei de Causa e Efeito; na Lei da Ação e Reação. Não há exceções! É uma lei da vida cósmica, na faixa etária em que nos encontramos, na jornada espiritual. Não é à toa a máxima de Jesus: “a cada um segundo as suas obras.”
5º - As leis existem e atuam, ou vigem, até que outra lei a suplante, a revogue. Aprendendo as regras legais, cósmicas ou humanas, aprenderá a evitar problemas delas decorrentes.
6º - A amizade é algo precioso. Cultive-a sempre para mantê-la de pé.
7º - Quando perceber que cometeu um erro, trate de corrigi-lo. Use a sinceridade de sua alma. Harmonize-se com o DEUS que habita você.
8º - De fato, o isolamento é instante muito pertinente à meditação. Na meditação, aprende-se a sintonizar-se com esferas mais amplas e de maior vibração. Se fizermos isso cada dia, meia hora, por exemplo, teremos ganho muito na capacidade de percepção das coisas, no sentido vertical para enxergarmos além das aparências.
9º - É verdade que os valores que acumulamos devem ser preservados, porém, jamais devemos nos esquivar às mudanças sugeridas. Analisemo-las e, se convier, absorvamo-las.
10º - Concordo com a assertiva de que, às vezes, o silêncio é uma grande resposta,
pouco importando que o interlocutor se aperceba ou não. Vale o entendimento de DEUS, que está em cada um de nós.
11º - A honradez é um valor básico, obviamente quando essa honradez se embasa em princípios de boa ética. Vivendo assim, teremos a alegria de sentir os prazeres do passado, embalados no presente.
12º - O AMOR é a tônica da mensagem do Mestre Jesus. É o elemento de equilíbrio energético, É força de impulsão! É energia criadora! É a Paz vivenciada! É a Luz dos espaços estelares! É a divina força de DEUS em nós.
13º - Guardar a certeza de que o passado, passou, é o melhor remédio para esquecermos sua pregressa existência. Ao tratarmos o hoje; dos resultados de ações precedentes, esqueçamos as causalidades para construirmos um amanhã de harmonia. As águas que passam, não voltam ao mesmo leito com a mesma vestimenta.
14º - Tudo o que conseguirmos sedimentar, merece ser repassado. Não tema nada! Quem os assimilar é porque já alcançou a condição de absorve-los.
15º - Amar a terra que lhe abriga é gesto de gratidão. Sejamos gratos e receberemos amor através dos “zilhões” de formas que a vida nos oferta.
16º - Deslocar-se para lugares ainda não conhecidos é oportunidade de adquirirmos maiores conhecimentos. Não percamos essas oportunidades.
17º - O equilíbrio do AMOR. Sim! Esse equilíbrio é o somatório dos sentimentos daqueles que compõem o relacionamento e que deverá ser maior do que o sentimento das individualidades.
18º - Às vezes, somos bem sucedidos e nos jactanciamos disso. O importante, porém, é sabermos aferir a importância desse sucesso pelo que tenhamos tido a necessidade de renunciar, para obter aquela vitória.
19º - O décimo nono item do Dalai Lama é uma ratificação da doutrina do Mestre Jesus. AMAR sobre todas as coisas. AMAR A TUDO! AMAR A TODOS! Como DEUS é a essência da vida de tudo, está no T O D O.
20º - E EU, na minha pequenez, subdivido o último item para declarar que a última parte do penúltimo é a faculdade de apurar o paladar, mas sobretudo, aprendendo que, cuidar do corpo é uma oportunidade de aprendermos a criar as condições da VIDA, em cada fase, em cada esfera, em cada dimensão, em cada etapa, em cada instante da eternidade de DEUS.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Valores que suplantam
(crônica)

Certa vez, antigo funcionário de uma empresa urbana, deixava-se aos colegas de que, apesar dos quase quatorze anos de empresa, ganhava pequeno salário e não lhe era concedido o tratamento que supunha merecer.
Esse comentário espalhou-se pela empresa e, certa vez, o Diretor Executivo mandou chamá-lo e, sem tecer maiores comentários, solicitou que ele fosse ao comércio para procurar determinada peça cujas especificações lhe passara em pequeno cartão pautado, com o fim colocá-la em certa máquina do setor produtivo e, como era urgente, que lhe desse essa informação o mais rápido possível.
Duas horas depois, o empregado retornou, informando que a peça não existia e que havia procurado em duas das mais importantes casas do mercado.
O Diretor perguntou-lhe se havia indagado sobre o preço da peça e ele respondera que não havia perguntado, uma vez que ela não existia no estoque, e, assim, não achou que seria importante saber o preço de uma mercadoria inexistente. O Diretor agradeceu e solicitou que ele pedisse a outro funcionário, do qual mencionou o nome, a fim de que ele viesse ao seu gabinete.
Dez minutos depois, chegara o funcionário convocado e o chefe lhe pedira a mesma coisa que solicitara ao anterior.
Meia hora depois, retornava o segundo empregado e lhe transmitira o seguinte: Senhor! Fui a cinco casas do ramo e não encontrei a peça solicitada, porém, fui informado de que duas das casas têm pedido feito da referida peça e que dentro de cinco dias devem estar chegando. Soube, também, que a peça custará por volta de R$ 90,00 (noventa reais) a unidade e que seu modelo é adaptável à nossa máquina, cujas especificações o senhor me entregou. Aproveitei o ensejo e solicitei que fizessem reserva de duas peças, pois imaginei que seria de bom alvitre termos uma de reserva e pedi que me dessem um documento de garantia do preço, o qual lhe trouxe.
O Diretor agradeceu e pediu que o funcionário permanecesse no gabinete e mandou chamar o anterior.
Sozinho com os dois empregados e sem testemunhas, o Diretor perguntou ao primeiro. Sr. Fulano, quantos anos o senhor tem de empresa? Ao que o empregado respondeu: aproximadamente quatorze anos. E quanto o senhor ganha? Dois salários mínimos, respondeu. Muito bem! E o senhor, - perguntou ao outro - quantos anos de empresa tem? Dois anos, senhor! Qual a sua função? Operador de máquinas. Quanto o senhor ganha? Cinco salários mínimos, senhor! E, olhando para os dois, agradeceu as presenças e continuou a trabalhar.
De fato, o primeiro empregado, apesar dos quatorze anos na função de operador de maquinas, jamais se esforçou para vestir a camisa da empresa. Não demonstrara qualificação e não conseguia apresentar interesse para o que fazia. Não possuía nenhuma criatividade, nem lutava pelos interesses da empresa. Tais atitudes eram vistas e anotadas pela direção.
Na verdade, o Diretor Executivo daquela empresa que já conhecia o comportamento dos dois empregados, esperou uma oportunidade para mostrar a ambos o porquê do tratamento diferenciado e as chances do segundo para crescer na empresa e a permanência do primeiro em estado quase latente.

Jansen dos Leiros
Advogado, articulista e escritor

UM POUCO DE REFLEXÃO



De fato, o pensamento dos gestores tende a levá-los à condição de comando face ao envolvimento produzido pela sedução do poder. Se a personalidade for forte, tende a buscar a satisfação de sua vontade dentro do binômio “custe o que custar” e, em geral, resulta num final não muito saudável, porque agride, choca, machuca interesses contidos e conflita com a maioria dos pretensos comandados. Representa a anulação ou a não utilização do processo de empatia e, conseqüentemente, a vitória do insucesso.
Há, todavia, gestores de boa formação, bem orientados, que direcionam bem suas determinações, respeitando opiniões, harmonizando equipes de apoio, tal o aguçamento de suas habilidades, assegurando sua hegemonia. Projetando resultados positivos. Eis o caminho certo.
De modo geral, essa é a condição do sucesso de alguns empreendimentos. O alcance dos resultados, além da contemporaneidade dos procedimentos causais.
Seguindo-se essa linha de raciocínio, poder-se-ia elencar empreendimentos cujas gestões se espelharam na tese da visão ampliada para o amanhã, respeitando o entorno e perseguindo a harmonia das vibrações direcionadas para o sucesso.
Como essas palavras aqui colocadas não têm a pretensão de polemizar, mas, antes de tudo de induzir à reflexão os que detém comandos, quaisquer que sejam, espero poder contribuir para essa parada providencial objetivando um mergulho reflexivo, cujo resultado poderá ser positivo, no sentido da realização do plano ou projeto elaborado.
O mundo de hoje, repleto de informações, as mais diversas, quase todas envoltas nos lençóis da modernidade, dão a todos essa condição de reflexão, desde que saibam balizar esse “status” com os parâmetros necessários à obtenção de resultados positivos, exeqüíveis e sobretudo lastreados na ética cristã.
Congratulo-me com todos aqueles que já alcançaram esse patamar. E, para aqueles que ainda buscam, nosso sincero desejo que o alcancem, para o bem da espécie humana.

Jansen dos Leiros
Advogado, articulista e escritor

AGRIPINO DO GONDELO
(crônica)


Havia um senhor, já entrado nos anos, que morava às margens da estrada do Gondelo, em Macaíba. Não se sabia muito a seu respeito, porque era desconhecida sua procedência. Conhecia-se, somente, seu prenome: Agripino. Com o passar do tempo, o povo passou a chamá-lo de Agripino do Gondelo.

Agripino era um tipo algo diferente das pessoas de sua vizinhança. Era muito calado. Não costumava rir à toa. Tinha, todavia, um humor estável. Era sereno e despreocupado. Não se sabia seu tipo de trabalho, porém, via-se que ele plantava feijão de corda em seu quintal, cuidava de fruteiras diversificadas que lhe davam frutos sazonais. A casa era modesta, pequena, com apenas dois quartos, sala, cozinha, banheiro e fossa céptica. Na frente da casa, um pequeno jardim, do qual ele próprio cuidava.

Um vez por mês, Agripino do Gondelo descia à cidade para ir a Natal, de ônibus, retornando sempre no mesmo dia.

Pelo que se sabe, não bebia, não fumava, não jogava. Além dessas informações, sabia-se que ele era gentil com a vizinhança e que, muitas vezes, no começo das noites, recebia tais vizinhos para conversarem sobre as coisas da vida.

Mas, mesmo agradável, era profundamente comedido com o que falava. Respeitoso no trato e orientador quando se fazia necessário, sem jamais ferir quem quer que fosse.

Ao longo de dez anos, Agripino do Gondelo incorporou-se à comunidade e era procurado para aconselhar, orientar, para ser padrinho, enfim, tornou-se no dizer da gente simples com que convivia, “já era gente da gente”.

Certo dia, chegou ao Gondelo uma moça vinda das bandas da capital, para um fim de semana na casa de uns parentes. À noite do sábado, a convite de uma parenta, foi até à casa de Agripino, para aconselhar-se.

Foi honrada e simpaticamente recebida por Agripino que pediu-lhe para sentar-se num dos tamboretes que pusera na calçada da casa e começaram a papear

A moça contou sua longa versão de vida; falou de suas desilusões e relatou episódios deploráveis que lhe causavam mágoas e constrangimentos.

Durante duas horas Agripino a escutou sem dar, sequer, uma palavra. Quando ela terminara com um longo suspiro, ele a olhou bem fundo nos olhos e falou:

“Minha filha! Nós somos o que somos e tão somente isso. Porém, temos uma dádiva divina que é comum a todos. Essa dádiva é a faculdade de pensar, refletir e decidir sobre nós mesmos, porque somos responsáveis por nossos atos perante a nossa própria consciência. Há momentos em que, como se fôssemos cegos, não enxergamos quase nada à frente de nós mesmos, permitindo-nos, assim, agir sem reflexão e, quase sempre, erradamente.

Nesses casos, aqueles que sofrem os impactos de nossas ações são nossas vítimas e passam a ter, na contabilidade divina, seus créditos conosco.

Dessa reflexão, impõe-se-nos entender o processamento da vida. Ela, sempre, tem duas vias: Uma mão, e uma contra-mão, sempre opostas. Ela nos oferece possíveis confrontos. A nós, nos cabe evitá-los, para vivermos melhor, sem conflitos, sem bulhas, sem atritos.

Veja! Por tudo que você me contou e pelo que observei ao longo de nossa conversa, seus impulsos descrevem um giro concêntrico, de fora para dentro. Direcionalmente invertido, tornando-a “egocêntrica”, limitada no espaço e na percepção das coisas. Toldam-na a alma.

Percebe-se que você direcionas seus enfoques para os semelhantes, sem porém, exercer a empatia que lhe propiciaria melhor entendimento das coisas e melhor condição de analisar cada procedimento, a ponto de lhe permitir um julgamento de valor.

Há princípios básicos que não podem ser desconhecidos nesses momentos. Um deles é o da causalidade. Todo fato tem um motivo que o precede. Tem uma razão que o impulsiona. Lembre-se de que cada um de nós não pode se constituir o epicentro da vida. Fazemos parte do todo dessa vida. A partir dessa assertiva, temos de entender que antes de emitirmos nossas opiniões, faz-se necessário que nos analisemos à luz da racionalidade, a fim de que nos conheçamos por dentro e aprendamos a respeitar os demais, os outros, nossos iguais, nossos irmãos, nascidos do mesmo ventre universal.

Para mudarmos nosso amanhã, precisamos trabalhar nosso hoje, porque ainda estamos presos à lei de causa e efeitos. À lei da ação e da reação. À lei do amor universal.

Medite sobre todas essas coisas que ora lhe foram ditas. A reflexão bem direcionada é mãe dos bons projetos. DEUS ilumine seus caminhos. Aprenda a respeitar os outros e a amar-se a si mesma. Jesus, é o caminho.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008



AINDA SOBRE O TEMA GESTÃO


Analisando o contexto introdutório do projeto SEGS – Sistema de Excelência de Gestão Sindical. Pode-se concluir que o objetivo final desse sistema é a execução de um trabalho, objetivando a construção de uma boa hierarquia de funções para obtenção do sucesso desejado.
O fundamento dessa hierarquia está em saber aplicar as funções definidas no projeto, observando-se, sempre, as indicações do gestor.
Daí a necessidade do amadurecimento de quem sobe ao pódio da gestão, pois impõe-se ter um perfil de maturidade, de discernimento, senso de justiça e, além disso, de boa fé. Impõe-se exercer liderança, ter equilíbrio e sobriedade, pois a autoridade não se estabelece pelo mando, mas pelo traço de ética interior, nascida da percepção aguçada e da visão límpida, além das aparências.
Este é o segredo para gerir-se bem. Com qualidade e sucesso. É assim que se constrói o futuro de uma entidade.
Formado nesses princípios, o gestor saberá enfrentar as críticas e as hostilidades que possam advir em face de seu comando e saberá, também, ser imparcial em suas resoluções.
É consenso que um gestor, por discernimento, deverá ouvir os que o antecederam, analisar seus exemplos, bem assim, observar o conteúdo de suas verbalizações a fim de proceder melhor garimpagem e, também, ouvir aqueles que apresentem um histórico de longas etapas percorridas, estabelecendo parâmetros seguros e confiáveis para suas decisões.
Com esse perfil, o gestor, seguramente, saberá definir suas estratégias e por elas pautará suas ações.
Outra premissa para o gestor é ter a convicção de que nada é estático no entorno do comando das entidades, razão pela qual, de quando em vez, impõe-se ajustes em razão das conjunturas apresentadas e das necessidades delas decorrentes.
Na oportunidade, entendemos que merece nosso aplauso a implantação do SEGS, a fim de que se possa quebrar a força do isolacionismo e se fortaleça o espírito sistêmico, para que o segmento possa crescer em uníssono, repelindo, pela coesão das forças, os movimentos adversos à natureza do associativismo empresarial que lidera e que embasa o espírito do SICOMERCIO.

Jansen dos Leiros
Advogado, articulista e escritor


FILOSOFIA DA EXCELÊNCIA NA GESTÃO

Nos dias modernos, em decorrência de uma série de circunstâncias que se imiscuíam e ainda permeam o mundo da produção, em curto espaço de tempo foram sendo estabelecidos novos padrões técnicos no campo da gestão, visando oportunizar a melhoria da qualidade dos produtos oferecidos.
De fato, a palavra chave “qualidade”, que se constitui, modernamente, o elemento propulsor do sucesso nos mercados e que induz, conseqüentemente, a aposição do cobiçado carimbo da “excelência de qualidade”, isto é, aposição para aqueles que passam pelos critérios e exigências estabelecidas para a colocação do selo da “excelência”.
Essa é a visão de hoje! Este é o conceito para o sucesso do mercado.
Partindo dessa premissa, a fim de obtermos essa qualificação, necessitamos adotar critérios que nos levem às ferramentas operacionais geradoras desse algo mais, desse “plus”, a “excelência de qualidade”.
No Brasil, na década de noventa (90), foi criado o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), em absoluta sintonia com os padrões mundiais de gestão de excelência.
Naturalmente, que a adoção de tais critérios e padrões, sofreram adaptações, para harmonizarem-se ao quadro das realidades brasileiras, na criação do PNQ.
Essa filosofia cresceu em todas as direções. Estabeleceu-se em foro de globalização e ganhou hegemonia. Segui-la seria sinônimo de bom senso.
O Sistema de Excelência de Gestão Sindical, desenvolvido pela CNC, – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, otimizada por uma equipe de técnicos de respeitável nível nacional, tem como objetivo principal a proposição de gestão estratégica a partir das bases do sistema, ou seja, a partir dos sindicatos, em espiral concêntrica na direção do ápice (SICOMERCIO). Daí a necessidade de o trabalho ser iniciado pela absorção dessa nova filosofia, conscientizando cada uma das células sindicais patronais da importância de que sejam elaborados seus respectivos planos estratégicos, com base nos projetos que visem o crescimento de cada unidade sindical.
Com lastro nesse propósito, de desenvolver a qualidade da gestão em busca da excelência, a CNC, fulcrada no PNQ, promoveu a elaboração do projeto SEGS, priorizando as necessárias adequações para o sistema sindical patronal, no qual se estrutura a própria CNC, alçada ao topo da pirâmide patronal, para a obtenção do crescimento harmônico, consciente e planejado, que fará deste segmento empresarial um ícone do progresso institucional.
Parece-nos imperioso concitar os demais sindicatos componentes da base de nossa confederação, a promoverem os estudos necessários à assimilação do conteúdo do SEGS e, via de conseqüência, darem-se as mãos nessa tarefa de alcance panorâmico e promissor.

Jansen dos Leiros
Advogado, articulista e escritor

NO RUMO DA EXCELÊNCIA DA GESTÃO

NO RUMO DA EXCELÊNCIA DA GESTÃO



No Brasil, a Fundação Nacional da Qualidade criou um modelo de Excelência de Gestão, enfocada em esteios teóricos para propiciar ou oportunizar uma boa administração.
Do amálgama desses fundamentos (esteios) foram estabelecidos critérios de execução administrativa em busca da excelência da gestão.
Esse movimento, em boa hora, percorrendo os caminhos da visão ampliada, de mãos dadas com a percepção das modernidades em curso, chegou aos bastidores do segmento empresarial do comércio deste país.
O SICOMERCIO, através da CNC, esplanadas as necessidades de engajamento efetivo e multiplicador, decidiu implantar o SEGS no seio do Sistema FECOMERCIO estabelecendo mecanismos de avaliação a partir das bases do Sistema, seguida de uma reciclagem no pomo gestor dos sindicatos filiados, após avaliação das respectivas gestões, métodos praticados; análise dos planos estabelecidos, das estratégias aplicadas, dos resultados práticos dessas gestões, da aferição da representatividade, enfim, na tentativa de fotografar o “status quo” e trazer possíveis contributos com vistas à necessária adequação proposta. Eis o que representa o projeto designado de SISTEMA DE EXCELÊNCIA DE GESTÃO SINDICAL – SEGS.
O SISTEMA FECOMERCIO NO RIO GRANDE DO NORTE, hoje sob a presidência de MARCELO FERNANDES DE QUEIROZ, incorporou os fundamentos da excelência da administração, por oportuno e necessário ao progresso do próprio mecanismo organizacional, adequando-se às mudanças que o momento exige, com o objetivo de contemporanizar a arte da gestão para o melhor desempenho possível, cuja evidência não se pode questionar, ratificada que está pelos fatos.
Há uma circunstância factual que necessita ser explicitada neste artigo. A FECOMERCIO não tem em sua planilha gestora o segmento da competitividade, face ao seu caráter de representatividade do segmento do comércio em nosso Estado, mas todo seu direcionamento gestor está voltado para a defesa dos interesses da classe empresarial que lidera e, nisso, temos de aplaudir o trabalho permanente da atual administração, que se mostra incansável nessa luta, sobretudo junto aos governos, municipais e estadual e, ainda, através da CNC, na constante busca do apoio das bancadas de nosso Estado, na Câmara Federal e no Senado, sempre hasteando nossa bandeira com dedicação e muita garra.

Jansen Leiros
Advogado, articulista e escritor