Dª Dalila e seu Galo
Ficou em minha memória!
Nunca mais eu esqueci,
De Dalila, aquele Galo
Um modelo de matriz.
Fui crescendo e a memória,
Me cobrava noite e dia
Que eu pintasse aquele galo,
Qu’eu por nada o esquecia
Muitos viram aquele galo
Todo branco e bem garboso,
Com seu pescoço pelado,
Se dizendo o Rei Gostoso.
Sete décadas se passaram!
O galo, em minha memória.
Que farei? Pensara eu
P’ro galo passar p’ra estória
Cavalete, tela e tintas
O pincel em minha mão,
fui executando o Galo,
construindo uma emoção.
Lembrança concretizada
Conclamei Dª Dalila, que
De onde ela estivesse
Eu sabia que viria
P’ra festejar nosso galo
Galo Branco do passado
Altaneiro, empertigado
Conclamado em poesia
Eu convidei dª Nídia,
Amiga muito querida,
Minha amiga de infância
Que também guarda lembranças
Do galo da professora.
A zelosa criadora
Daquele galo e do arem,
Acenando do além
Para os agradecimentos
Ao pintor dessas lembranças
Enfocando o argumento,
de que foram as saudades
do tempo do alunado
o permitir fosse gravado
Em tela, seu Galo Branco
que agora está guardado
No cerne dos alfarrábios
Do mais ilustre doutor,
Dr. Beto, de seu Paulo
A quem, merecidamente
eu saúdo com louvor.
Jansen Leiros
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