BALADAS ONÍRICAS
EM TEMPOS TROIANOS
Jansen Leiros
Em brancas nuvens, Príamo adormecera!
Ao lado dele, sonhadora, a sua Hécoba,
Qual se voassem em jardins inebriantes,
com velhos deuses do Olimpo e suas virgens.
Sonhos homéricos, assemelhados às vertigens
embalavam a lascívia da bela eurasiana –
cujo coração entregou-o ao viajante
o velho Ulisses, o velho Rei Cupido.
E nesse sonho, volitava o Rei,
Enaltecido por posturas conhecidas,
Buscando Hécoba, já nas altas madrugadas
Em sedas brancas de lençóis, bem guarnecidos
Penélope, a princesa fascinante!
Vivendo em seu mundo fantasia...
Buscava Ulisses, lá no topo dos desejos
Mas Ulisses, o Viajante em fuga se esvaia
Por oceanos ilusórios – encantados,
O grande viajor fez-se empatia
das ânsias e desejos lancinantes.
Como a princesa da lascívia refletia
Enfim, as duas se encontraram,
Em dimensões distantes desta vida,
Penélope, a procura do marido,
Hécoba, à procura do amante.
Eis entretanto, a grande ironia
Hécoba, a seu lado, tinha o velho rei
Mas, aquele a quem ela amava,
Fez-se nos mares, longe da prenhes,
O grande Ulisses, não retornou, jamais!
Hécoba quedou-se ao esquecimento
E no desterro daquele momento,
Foi fenecendo até não mais sonhar.
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