quarta-feira, 13 de julho de 2011


BALADAS ONÍRICAS

EM TEMPOS TROIANOS

Jansen Leiros


Em brancas nuvens, Príamo adormecera!

Ao lado dele, sonhadora, a sua Hécoba,

Qual se voassem em jardins inebriantes,

com velhos deuses do Olimpo e suas virgens.



Sonhos homéricos, assemelhados às vertigens

embalavam a lascívia da bela eurasiana –

cujo coração entregou-o ao viajante

o velho Ulisses, o velho Rei Cupido.



E nesse sonho, volitava o Rei,

Enaltecido por posturas conhecidas,

Buscando Hécoba, já nas altas madrugadas

Em sedas brancas de lençóis, bem guarnecidos



Penélope, a princesa fascinante!

Vivendo em seu mundo fantasia...

Buscava Ulisses, lá no topo dos desejos

Mas Ulisses, o Viajante em fuga se esvaia



Por oceanos ilusórios – encantados,

O grande viajor fez-se empatia

das ânsias e desejos lancinantes.

Como a princesa da lascívia refletia



Enfim, as duas se encontraram,

Em dimensões distantes desta vida,

Penélope, a procura do marido,

Hécoba, à procura do amante.



Eis entretanto, a grande ironia

Hécoba, a seu lado, tinha o velho rei

Mas, aquele a quem ela amava,

Fez-se nos mares, longe da prenhes,

O grande Ulisses, não retornou, jamais!

Hécoba quedou-se ao esquecimento

E no desterro daquele momento,

Foi fenecendo até não mais sonhar.



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