Hoje, no mundo, vivemos momentos de muitas e diversas mudanças, atingindo um amplo panorama. Em todos os quadrantes do planeta, surgem ou eclodem movimentos das mais diversas naturezas, alimentados pela expansão, pela audiência e pela penetração do grande êmulo desses elementos veiculantes: a globalização.
Há um ponto no qual se deve haver lastreado a orientação estratégica, cujo alvo seria a consecução dos movimentos sociais e a busca da cidadania, elementos esses capazes de provocar tais mudanças, incontestavelmente necessárias às adequações do cidadão moderno à solidariedade, à liberdade e à paz no seio da humanidade, ou seja, a busca e o exercício universal dos direitos fundamentais, num contexto holístico.
Modernamente, se põe em discussão o problema do “poder”, daí a necessidade de ser enfocada a questão da estratégia. De seu planejamento e de sua execução. Simultaneamente, aumentam os debates sobre as questões de “Estado” e de “Governo”, confluindo para a importância das transformações sociais.
A crise mundial, eclodida em razão dos equívocos ocorridos em face da aplicação das políticas neoliberais, parecem confirmar a análise e as justificativas do movimento altermundialista, que prescreve o ajustamento de todas as sociedades ao mercado mundial, através de uma regulamentação a ser editada pelo mercado mundial de capitais. Eis a tese do movimento em curso, ganhando terreno numa trilogia de expansão geográfica, social e temática, considerada pujante aos olhos e à compreensão dos observadores do segmento.
Em verdade, hoje nos deparamos com uma grande crise mundial, expandida pela globalização capitalista, alimentada ou emulada estrategicamente pelo neoliberalismo. Crise estimada, prevista e anunciada há décadas.
Não cabe, aqui e agora, tecer-se considerações sobre os elementos causais dessa crise que acomete o mundo, quer no seu segmento financeiro, que torna caótica a economia mundial, quer a crise imobiliária que nos abre as cortinas para o perigo do superendividamento, fracassado, perigosamente, no papel de motor do desenvolvimento. Deixa-nos atônitos! Se falarmos na crise energética, essa nos remete aos limites do ecossistema da Terra e, finalmente, se falarmos na crise alimentar, crescendo em alguns continentes do planeta, talvez venhamos a sentir as sensações de imensa implosão.
Daí, em favor de nossa mãe Terra e de sua humanidade, impõe-se a construção de uma nova cultura política, que deságüe no grande projeto de formação de um mercado mundial comum, de um movimento social em busca da cidadania mundial, e da renovação do imperativo democrático.
Jansen dos Leiros
Advogado e escritor
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