quinta-feira, 15 de setembro de 2011

MADRIGAL E BACHIANO


Ciro José Tavares


“Estranha é a coragem

que me dás, estrela amiga:

Brilha sozinha na aurora

para a qual nada representas!”

William Carlos Williams, in Hombre
Que o teu saudoso olhar não se fatigue

correndo atrás dos sonhos que no tempo,

dia após dia,morrem e são inalcançáveis.

Devolve teu olhar à luz e na estrela cadente matutina

viaja sob o sol para esquentar o coração.

Adormece teu melancólico olhar

nos verdes misturados aos azuis do oceano,

deixa que no sono orvalho abandone a noite

e venha cobrir de rosas e dálias vermelhas

teu esquecido vestido branco de organdi.


Estrelas!

Jansen Leiros

Como impressionam aos noturnos viajantes

quaisquer que sejam, então, seus mil e um quadrantes,

impulsionadores da coragem

ou mesmo das auroras, onde brilham.


E quanto aos olhos das estrelas que vislumbram

Os sonhos que navegam, noutros sonhos

Sonhando outros sonhos, que tamanhos,

Se volatizam nos Universos infinitos.


E, se enfocas a Luz das estrelas matutinas

Verás que todas elas se aglutinam

No grande sonho do Universo Infinito

Onde DEUS é o parâmetro infinito

Da LUZ que eclode do EU superior.

E, se "há verdes misturados aos azuis do infinito"

Esse amálgama nos conduz mais que contritos

à vitrine onde se guarda "o vestido branco de organdi"



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